quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Novos carismas são responsáveis pelo futuro da Igreja

Quinta-feira, 28 de outubro de 2010, 18h56

Novos carismas são responsáveis pelo futuro da Igreja

Nicole Melhado
Da Redação



Willy Isaias/ CN Roma
"O evento da Renovação Carismática Católica é a contestação do Espírito", salienta Matteo Calisi
"A Igreja através da Magistério Pontifício considera o florescer de novas comunidades um evento extraordinário do Espírito Santo que será destinado a caracterizar  o futuro da Igreja”. Foi o que afirmou nesta quinta-feira, 28, o presidente daFraternidade Católica e membro do Pontifício Conselho para os Leigos, Matteo Calisi na primeira palestra do encontro mundial das novas comunidades.

Em seu painel intitulado “Anunciar Jesus Cristo, caminho, verdade e vida”, Matteo Calisi falou aos representantes das diversas comunidades dos cinco continentes presentes  no XIV Congresso Internacional da Fraternidade Católica das Novas Comunidades na cidade de Assis, Itália.

No Pentecostes de 1998, o Papa João Paulo II disse, que dentro da Renovação Carismática, a Fraternidade Católica tem o objetivo específico de manter a identidade católica e encorajar outras comunidades a terem uma estreita ligação com os bispos e com o Pontífice romano. “Aquilo que está em jogo não é simplesmente o exame de algum carisma particular, mas  um fenômeno global", enfatizou Matteo Calisi.

Calise ressaltou que os representantes das comunidades de todo mundo receberam um especial mandato de Deus. “Vocês são muito importantes no plano do Senhor e estão no coração do Santo Padre”, exaltou.

O presidente da Fraternidade Católica alertou para que estes dons de Deus, que são novos carismas, sejam  preservados. “Ainda se trata de algo novo que precisa ser conhecido e explorado e ao mesmo tempo protegido”, destacou. Calisi disse ainda que os todos deveriam se comprometer com responsabilidade para com este fruto da Igreja.
Nova Evangelização

Sobre a Nova Evangelização, o presidente da Fraternidade Católica destacou que os novos carismas são o aspecto mais luminoso, porque recolhem e movem milhões de leigos nos ambientes mais diversos, transformando a sociedade e levando o anúncio do Evangelho até mesmo às estruturas mais tradicionais da Igreja.

“Portanto, este florescer das comunidades está no coração do Papa e é uma grande esperança para a Igreja. É claro que será preciso tempo para purificar, pois ainda existem muitos aspectos humanos. É preciso separar o joio e o trigo”, salientou. Para Calisi, o pai de todos os carismas é o discernimento.

Para muitos foi quase um choque esta emissão do Espírito Santo em homens e mulheres. “É como um pacote de presente que ainda está fechado, mas quando se descobre esta presença do Espírito Santo no mundo, é o Deus do Céu que veio morar no meio dos homens. Somente pela contemplação é possível entender”, enfatizou.
Renovação carismática, um fenômeno contemporâneo

Na realidade, são infinitas todas as riquezas que os carismas têm, e elas são mais do que podemos compreender. “A Renovação Carismática é um fenômeno contemporâneo. É um movimento de busca insaciável pela presença de Deus que queima e não se consome”, ressaltou o membro do Pontifício Conselho para os Leigos.

Para ele a Renovação Carismática é a audácia da transformação. “Deus não mora em edifícios feitos de pedra, mas dentro de homens e mulheres. Não acredito que a Renovação é uma moda, mas uma experiência eterna . A Renovação Carismática não inventou nada, mas retomou algumas coisas que foram esquecidas. O que vale não é o aspecto exterior, mas o que se realiza no interior”, destacou Matteo Calisi.

A Renovação Carismática é uma erupção do Espírito Santo nesta sociedade que despreza Deus. Calise salientou que no norte da Europa muitas igrejas se transformaram em museus, mas no Brasil a situação é bem diferente.  Antes o Brasil era porto de chegada para muitas congregações missionárias, mas hoje é dele que parte missionários para todo mundo. “O evento da Renovação Carismática Católica é a contestação do Espírito. Milhões de cristãos estão vivendo uma genuína experiência de Deus”, sublinhou.

O presidente da  Fraternidade Católica salientou ainda que a a boa nova ainda não se tornou “notícia na mídia”, existindo ainda pessoas que não a receberam, e portar esta boa nova ainda é a missão dos cristãos. 

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